sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

História do braço que não queria sair debaixo dos cobertores

Ando há três dias a despertar com uma sensação estranha. Acordo devagar, mantenho-me quieta e espero que o despertador do telemóvel comece a tocar nos próximos dois minutos. Não toca. E continuo a pensar que deve estar quase, quase. Não toca. E fico ali, à espera. Vai tocar, vai tocar. E espero, e espero, sempre na expectativa. Depois farto-me daquilo, tiro o braço fora dos cobertores, pego no telemóvel e ainda falta quase meia hora para tocar. E penso que meia hora ainda dá para dormir, mas já não consigo adormecer porque já estou há demasiado tempo a preparar-me para acordar a sério. E isto dura há três dias. Há três dias que ando a perder uma hora de sono só para não tirar o braço fora dos cobertores.

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